domingo, 24 de agosto de 2014

CICLOVIA, CICLOFAIXA E 
TRANSPORTE PÚBLICO DE MASSA. 
QUAL A MELHOR SOLUÇÃO?
Inicio ressaltando que nada tenho contra ciclistas e ciclovias. Já, em relação às ciclofaixas, alcunhadas de ciclovias, que atende, apenas, a classe média e com um caráter eleitoreiro, tenho tudo contra!
Não podemos deixar de mencionar que os corredores de ônibus, ainda que implantados de forma grosseira e sem ouvir técnicos, como se deveria, atendiam melhor o trabalhador de que as ciclofaixas, apelidadas de ciclovias, tão ineficientes em mobilidade urbana e em conforto para uma imensa maioria da população de São Paulo. Ridicularizaram e, era alvo de chacotas a possibilidade levantada por um sub-prefeito, por sinal técnico da CET, de se implantar teleféricos em localidades com morros e acidentes geográficos que dificultam o trânsito de ônibus. Talvez uma solução barata e eficiente para o povo de baixa renda dessas periferias diferente de um veículo individual e que não transporta nem ao menos 1% da PEA dessa cidade! E ouço gente afirmar que são milhões de usuários. Queria saber aonde apareceu esse número substancial?
Já, na periferia, onde o número de usuários desse modal é grande, longe, ainda, dos milhões, mas, significativo, não há uma implantação sequer, pois por lá, não há visibilidade midiática nenhuma! Mesmo porque essa mídia vampiresca em nada se interessa pelas periferias e bairros mais afastados dessa cidade. Afinal, só moram pobres!

Pior! Esses mesmos entusiastas tem a coragem de mostrar um ônibus superlotado e afirmar que a bike é a solução para isso. Gostaria de saber como?
No início dessa gestão sugerimos uma ação imediata do retorno dos corredores de ônibus, nos embasamos em estudos técnicos (ODs, Gráficos, textos, etc.) onde, aí, sim, de milhões de trabalhadores que superlotam coletivos, colocando-se em risco, transitando em pé, pendurados em portas, num coletivo moroso, sem conforto e inseguro! Tudo, claro, para garantir a lucratividade dessa quadrilha que opera o sistema privado de nosso sistema de transporte. Deveríamos estatizar e priorizar o atendimento em detrimento do lucro.
E as bikes?
Elas podem, sim, funcionar como apêndice desse sistema de mobilidade, ao implantarmos ciclovias nas periferias em direção aos terminais de ônibus, metrô e trens, equipando-os com bicicletários. Nesse caso, atenderia a muitas gente, diminuiríamos a poluição sonora nos bairros, o trabalhador diminuiria seus custos, não pagando a "integração" de modais diferenciados, e ofereceríamos um serviço mais eficiente para o trabalhador.

Por falar em mobilidade. Quem está preocupado com os pedestres. Ou estes, não fazem parte de um sistema de mobilidade urbana?
O que acham? Convençam-me do contrário e me calarei sobre os coletivos!
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