domingo, 30 de janeiro de 2011


Ao meu ver, ao se analisar os recentes fatos ocorridos no Oriente Médio, em particular na Tunísia, no Iêmen e, agora, no Egito, faltam alguns elementos fundamentais para poder-se analisar melhor o que está ocorrendo no mundo oriental. Primeiro, não me amedronta nem muito menos me deixa pasmo o fato de na Tunísia e, diga-se de passagem, excetuando-se o jornal "O Trabalho" nenhum outro informativo dito de esquerda, procurou chamar atenção do ocorrido neste país, onde comitês de bairro controlam, inclisive, a polícia, que só pode agir de acordo com as ordens desses comitês populares. E a situação é tão espetacular -do melhor do ponto vista!- haja vista que a população está com o controle da situação e isso, sim, para mim é democracia! Tanto isso é verdade que Iêmen agora e há poucos dias o Egito começam, também a questionar as mesmas coisas, ou seja, pão, paz, trabalho, serviços públicos, etc.

O que falta falar, também, é que tudo isso ocorre porque nme o capitalismo, nem os ajustes propostos seja por Davos, seja pelo FSM podem dar conta de resolver esses problemas pois partem do mesmo principio. Humanisar o capitalismo! Só a mudança para uma economia onde se socialize os meios de produção, onde mude-se a lógica de tentar salvar os especuladores, de defender um meio de produção, ainda que privado, com sustentabilidade, o que é IMPOSSÍVEL, já que lucro se contrapõe a quaisquer limites éticos, humanísticos ou legais, e por que digo isso? Ora, porque só com um mundo onde a solidarierdade tome o lugar dos ganhos de capital, dos ganhos alfandegários e onde se possa viver para dar vida e não trocar algo por algo que me dê vantagem. Desculpe-me, mas ainda repito o jargão do Programa de Transição, Socialismo ou Barbárie! Portanto, torço para que o povo derrube, no Egito, no Iêmen como vêm fazendo o povo tunisiano, cada governo que venha com conversa mole, cai! Até que o próprio povo, através dos comitês tome o controle de governo e governe com o objetivo de dar-se pão, trabalho, paz, terra e soberania, sem as mãos imundas dos imperialismo fracês e estadunidense e sem falsa impressão de "democracia" que as ONGs, os Fóruns, ec. querem nos impor, mas que continuam a deixar nas mãos dos especuladores internacionais o nosso destino! Viva a Revolução na Tunísia! Por uma no Egito e no Iêmen!

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