sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Bom dia!
Gostaria reiniciar as discussões nesse espaço, debatendo com os leitores e simpatizantes a questão do oligopólio instalado no transporte público da cidade de São Paulo, não obstante o absurdo propinoduto instalado pelo povo da Privataria Tucana no Metro e CPTM, mas, que iniciou-se com  a entrega do transporte público de massa de ônibus a esse oligopólio. E tudo gira em torno deles.
Não por acaso, essa verdadeira quadrilha, se utiliza da população paulistana para enriquecer-se sem, no mínimo, pensar minimamente, no bem estar dessas pessoas.
Tentei escrever no perfil do Movimento Passe Livre, onde fui censurado, provavelmente pelo fato de que sou, historicamente, ligado ao PT, sobre a necessidade sine qua non de estatizar-se o sistema.
Antes de mais nada, é fundamental que reflitamos e consigamos detectar aonde está o maior problema para que a população tenha um transporte público de qualidade, seguro e confortável, para então, apenas, depois dessa detecção., possamos elaborar as melhores formas de atende-lo!
Na lógica da concessão, o Estado contribui com um parcela desses custos, financiando o sistema (oligopólio, no caso) através de subsídios e o restante é custeado pelo próprio usuário. quanto aos empresários, ou quadrilheiros, como queiram, só tem o trabalho de lucrar com isso! E, ainda assim, por vezes, ficam no vermelho e quem paga o pato, evidente, é o trabalhador que não recebe seus salários e benefícios trabalhistas e, obriga-se a paralisar suas atividades.
Pois bem! A lógica que nos submetemos nesse caso é a premissa custo versus benefício. Traduzindo. O serviço só pode ser prestado se atender as necessidades da lucratividade, pois, seus custos, não podem, em hipótese alguma, comprometer o ganho desse grupo econômico. E assim é!
Quanto a possiblidade de um bom serviço prestado só ocorrerá se não atrapalhar o bom desempenho financeiro dessas "empresas". Aliás, para os capitalistas negócio bom é aquele em que o investidor não precisa abrir mão da segurança! Quanto ao povo. Para eles é um simples detalhe!
Fica clara, nesse caso, a necessidade de se estatizar o sistema, nos moldes da antiga CMTC, e diga-se de passagem, não ficaria tão caro como se imagina essa reestatização!
A criação de um fundo municipal de transporte que pode se utilizar de inúmeros recursos financeiros para tal e que só depende de um ligeira mudança na legislação e que pode começar pela própria criação desse fundo. Verbas para isso, existem. Se não, vejamos!
Poder-se-ia, ao invés de isentar o proprietário de veículo particular da taxa de inspeção veicular, o próprio município se valer dessa fiscalização e aproveitar essa verba para esse fim. Também a instauração do IPTU progressivo, isentando o pequeno proprietário e taxando duramente o grande proprietário ou proprietário de inúmeros imóveis com o objetivo de melhorar consideravelmente  a mobilidade urbana da cidade. Nada mais justo. Aquele que tem veículo particular o que contribui para essa movimentação de pessoas, por exemplo o proprietário de vários imóveis ou de um grande imóvel, custeia as despesas recorrentes de sua atividade! Por outro lado, como sabemos, a imensa maioria dos veículos dessas empresas são adquiridos através de leasing, ou seja, o proprietário dessa frota, na verdade, são as instituições financeiras. Que se obrigue elas a aceitarem a mudança do operador. Quanto aos investimentos, a lucratividade durante todos esses anos mais quem justifica o não pagamento e, no máximo, se utilize a reciprocidade e que eles recebam o mesmo e da mesma forma que pagaram ao Estado na época da privatização do sistema!
Importante salientar que o ônibus urbano é o único veículo sobre rodas que não é obrigado a utilizar-se do cinto de segurança para garantir a integridade física do usuário. sabem por que? Para poder garantir a lucratividade desses operadores do sistema!
Por fim, o passe-livre ao estudante. A grande justificativa para não se liberar o passe-livre ao estudante se dá, por conta dos custos. Como para o Estado a diferença será muito pequena, incluindo esse pequeno custo, nada impedirá que se conceda esse benefício para  que o jovem tenha direito, não apenas ao estudo, mas, inclusive, a diversão e a arte, fatores de suma importância para o desenvolvimento psicológico e intelectual para essa nossa juventude. Qual o preço que devemos pagar para garantir-lhes isso? ´
E caro investir no bem estar da juventude?

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