sábado, 28 de agosto de 2010

Plebiscito da Terra

Não obstante, colocar neste meu blog, links favoráveis a limitação da terra, como também, contrários, para que meus alunos possam livremente escolher qual a melhor opção para eles no processo de votação desse plebiscito que realizar-se-á de 01 à 07 de setembro do corrente ano, acho importante salientar e colocar-me absolutamente favorável a essa limitação.
Em minha opinião, a concentração de terra tem inúmeros problemas que afetam diretamente o povo trabalhador brasileiro, seja da cidade ou do campo como, por exemplo, a exploração capitalista não se preocupa nenhum pouco com questões ambientais e ainda colocam essa responsabilidade no povo trabalhador e quer que nós nos sintamos responsáveis por manter o planeta livre de catástrofes nessa área. Porém, nem eu, nem nenhum trabalhador brasileiro é detentor deuma gleba magnífica de terra, capaz de cobrir até alguns municípios tupiniquins e, ainda por cima, manter nessa imensidão, uma plantação monoculturalista de cana-de-açucar até o esgotamento produtivo dessa área, abandonando-o, em seguida, após urtilizar-se das queimadas com o objetivo de "subir" os minerais necessários para o plantio da cana, e deix-ala improdutiva or centenas de anos, isso sem dizer que não existe amenor preocupação  -ou será escrúpulo?-  em manter tudo isso com árvores para evitar secas como estamos vivendo esses dias na cidade de São Paulo.
Também tenho um argumento, que considero importante do ponto de vista de nossa mesa consumidora, isso nos moldes capitalistas da "maldita" economia de mercado, permissiva mas que, ainda assim, posso utilizá-la para defender meus pontos de vista, tal o absurdo dessa concentração de renda! Trata-se da questão de preços e qualidade de alimentos oferecido ao público interno. Para quem aprecia um bom cafezinho, sugiro observar em supermercados voltados à elite, a diferença de preço entre os pacotes de café oferecidos à população em geral que fica entre R$ 3,50 e R$ 6,00 cada meio quilo desse precioso e adorado pó transformado em uma bebida quente e acolhedora, e os cafés oferecidos no mercado externo que deixam de ser "tipo exportação" e que em nossas gôndolas são oferecidos por R$13,00, R$14,00 ou até R$ 30,00 com o conteúdo das mesmas 500 gramas do precioso pó! Não é à toa! É necessário preservar esseproduto para exportação, depois, a nossa burguesia precisa estar, também, abastecida com um produto de alta qualidade e, em consequência, para nós que sustentamos todo esse bando de sanguessugas, sobra as "sobras". Com efeito! Se observarmos o que ocorreu recentemente com a carne de frango, poderemos ter com muita clareza como funciona essa lógica nefasta. O produto ficou impossibilitado de ser exportado por um embargo sazional na Comunidade Européia e nos EUA. Como os grandes produtores não teriam o mercado externo para dsitribuir seus produtos, colocou a disposição dos consumidores brasileiros. Com isso, além de termos um produto de boa qualidade -bem melhor do que aqueles que nos é oferecido normalmente-, o preço baixou consideravelmente! A tal lei da oferta e da procura. Isso já aconteceu, algum tempo atrás, com a carne bovina também!
Tenho ainda outros argumentos que considero preponderantes nessa discussão e que embasam minha disposição de não só votar, mas lutar pela limitação dessas terras, como o fato de esses megainvestidores que não passam de 6.000 proprietários, em sua maioria, pessoas jurídicas, ligados a especulação financeira internacional, ou seja, multinacionais, brasileiras ou não, como são o caso do Itaú, Bradesco, Grupo Votorantim, Aracruz, Grupo Abril, ou seja, grandes capitalistas especulativos que hoje atuam desde a base produtiva -com muito pouco investimento-, passando pelo terceiro setor onde exporam vergonhosamente os trabalhadores como nas empresas de telecomunicações -por exemplo, telemarketing- onde não espeitam direitos mínimos e garantidos em lei, nos obrigando a procurar o judicário para que vejamos garantidos nossos direitos elementares, e principalmente no agronegócio onde comprar equipamentos fora do mercado interno, que lhes garantem preços melhores e ao vender seu etanol ou as laranjas que jamais vemos em gôndolas de nossos supermercados, deixam o valor arrecadado em paraísos fiscais, para fugir do imposto que teriam que pagar ao repatriar esse capital, ou seja, ficamos com a balança comercial deficitária! É o cúmulo, mas é nossa triste realidade. se não, como explicar que por mais que pagamosa dívida expterna, mais estamos devendo. Isso sem falar que a repatriação de toda essa grana se dá com a lavagem de dinheiro ilegal que todos podem imaginar de onde vem! Isso tudo sem falar que, com a atual legislação, é possível que um único cidadão, brasileiro ou não, pessoa física ou não, ou seja, pode-se tratar de uma multinacional de investimentos, poderia comprar TODO o território brasileiro. A pergunta de quem não quer calar. Para onde nós iríamos?
Por todos esses argumentos é que considero não ser mais possível não realizarmos uma reforma agrária imediatamente, mesmo porque é uma reforma capitalista, já que em regime socialista faríamos adivisão igualitária dessa terra desapropriando SEM INDENIZAÇÂO, esses que tanto ganharam Às custas de muito suor e sangue dos camponeses brasileiros, num sistema de distribuição de terras que oriunda da política agrária da época da colonização quando das capitanias hereditárias e das sesmarias, que, pasmem, ocorreu em 1.530!
Com a palavra, o povo brasileiro!

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